domingo, 15 de março de 2009

Viva Iron!


Neste sábado (14/03/09), na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, a banda de Heavy Metal inglesa, Iron Maiden, tocou clássicos da banda dos anos 80 e 90 para aproximadamente 22 mil pessoas. Esta foi a sétima vez q o Maiden tocou para os cariocas. Nesta turnê, a banda estreou em Manaus, veio para o Rio e agora vai para São Paulo, Brasília e Recife.
Com o mesmo entusiasmado de 30 anos atrás, o Iron Maiden entrou com suas três guitarras tradicionais e um vocalista que mesmo cinquentão, parecia um jovem iniciante, com pulos e tudo que tem direito. O show, como de costume, muito bem produzido e aquilo que os fãs mais gostam. Muito solo de guitarra, Bruce Dickinson no vocal, fogos e Eddie. Muito Eddie! Na verdade, dois Eddies. Pra quem não sabe, Eddie é o "mascote" da banda. Sabe-se lá como uma figura demoníaca pode ser mascote, mas é sim! Eddie interage com o público. Mexe os braços e o tronco. A plateia vai a loucura. No palco do samba carioca, a Apoteose viu um autêntico Heavy Metal. Da melhor qualidade. Palavra esta tão esquecida nas bandas mais novas. Enfim, como a própria banda reconhece. O povo brasileiro sempre acolhe muito bem o Iron Maiden. Há uma sincronia rara entre banda e público. Isso só torna o show ainda mais agradável. E o melhor disso? Bruce Dickinson prometeu voltar em 2011. Graças a Deus!
Vida longa ao Metal! Viva o Iron Maiden!

Disputa Internacional


Neste domingo, na orla de Copacabana e Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas fizeram um manifesto pela permanência do menino Sean Goldman, de 8 anos, no Brasil.
Mais ou menos há umas 2 semanas, começou a sair nos noticiários brasileiros, pequenas notas falando sobre a disputa jurídica pela guarda do menino. Disputada pelo pai biológico, o americano David Goldman e pelo padrasto e avós maternos da criança, aqui no Brasil. Com o passar das semanas, os noticiários foram aumentando, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, chegando inclusive a entrevista, ao vivo, em grandes emissoras americanas. Sites partidários dos dois lados contam as suas versões e outros casos de "sequestros" internacionais. O ápice dessa guerra foi quando o assunto foi discutido pelas maiores autoridades dos dois países, no encontro que ocorreu nesta sexta-feira e sábado, nos Estados Unidos, entre os presidentes Lula e Barack Obama.
Na verdade, acho uma "viagem" total esse caso ter essa repercussão, tomando dimensões diplomáticas. A secretária de Estado americano, Hilary Clinton, tomando partido pelo pai biológico e o Itamarty achando que a família brasileira tem razão. Mas uma coisa me chama a atenção. No meio desse disse-me-disse entre os adultos, a versão da criança ainda não foi ouvida. Não sei qual valor jurídico isso teria, mas não seria mais fácil, fazer uma audiência entre ambas as partes e perguntar claramente para a criança com quem ela quer ficar e estabelecer a partir daí uma guarda compartilhada?
Sinceramente, acho um super dimensionamento específico de um único caso, quando todos sabemos que esse tipo de disputa internacional por guardas de crianças são muito comuns.

domingo, 1 de março de 2009

Parabéns, Rio!


Há 444 anos, pela Baía de Guanabara, o navegador Estácio de Sá desbravava a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Ao longo dos séculos, a cidade foi se modificando e dona de uma natureza inegável, ganhou o apelido carinhoso de "Cidade Maravilhosa". Maravilhosa na alvorada do Arpoador, na hora do almoço no corrido Centro da Cidade, no pôr-do-sol do Posto 9 em Ipanema e sob o luar da Vista Chinesa na Floresta da Tijuca (maior floresta urbana do mundo!). E se a cidade encanta a quem chega, o carioca faz o papel de melhor anfitrião de todo o planeta. Sempre com sorriso no rosto, o carioca dá seu jeitinho pra tratar bem a todos que chegam por aqui. Capital cultural do Brasil, o Rio de Janeiro sempre teve seu papel de destaque no cenário nacional. Desde a chegada da Corte Real Portuguesa até o Carnaval do Choque de Ordem, o Rio dita moda e tendências. Enquanto Capital da República, o Rio já era parada obrigatória por todos os turistas, mas mesmo perdendo o título de Capital, o Rio continuou sendo a "princesinha dos olhos" do Brasil, ficando encarregada de ser cartão postal e vitrine do Brasil para todo o mundo.

Quer falar do Rio de Janeiro? Lembre-se de Machado de Assis, Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Noel Rosa, Cartola, Pixinguinha, Zeca Pagodinha, Beth Carvalho, Portela, Mangueira, Império Serrano, Cazuza, Barão Vermelho. Quer mais? Copacabana e a Princesinha do Mar. Ipanema e sua garota inesquecível, Helô Pinheiro. O mais brasileiro dos estilos musicais - o chorinho. O Pão-de-Açúcar é o cartão de visitas para os viajantes da Baía de Guanabara, o Maracanã é ainda carinhosamente chamado de "maior do mundo" e palco de inesquecíveis jogos e o Cristo - Ah, o Cristo Redentor! O que falar de uma imagem que está de braços abertos, abençoando a vida e o dia-a-dia de todos aqueles que pisam neste solo sagrado. Como esquecer do maior carnaval do mundo? O carnaval da Sapucaí e agora o renovado carnaval de rua, com mais de 400 blocos e muita alegria na rua. E por falar em festa, o Rio de Janeiro é o melhor lugar para se fazer amigos. Você joga um "altinho" em Ipanema, toma um chopp gelado no Jobi e na night, o que não faltam são opções: as boates de "patys" e "plays", o funk carioca que "desceu" o morro ou ainda o mais carioca dos bairros - a Lapa. Berço do samba, a Lapa hoje é o lugar mais eclético pro povo mais diversificado do Brasil. Do samba de gafieira ao hip-hop americano, passando ainda pelo forró universitário, o reggae, o chorinho, o funk e tudo quanto é tipo de estilo musica, a Lapa é diversão barata e garantida para cariocas e turistas.

Claro que o Rio de Janeiro, ao longo de seus 444 anos, infelizmente adquiriu vícios tenebrosos de qualquer metrópole. A violência assombra a população, a desordem pública é combatida desesperadamente pelo Choque de Ordem, o trânsito ganha status de "praga paulista" e todos os tipos de poluição assolam a natureza maravilhosa e abençoada da cidade.

Mesmo com tantos problemas, não é qualquer um que chega aos 444 anos com tanta alegria, com tanta vontade e desejo de se tornar cada vez mais belo, mais receptivo e mais aconchegante a quem está apenas de passagem.

O Rio já foi cantado em verso, prosa, declamado em sonetos e crônicas magníficas. Mas poucas palavras conseguem traduzir o sentimento de quem vai até o Cristo Redentor, ou se banha no mar de Copacabana, Ipanema e Leblon, de quem tem o prazer de contemplar, do alto do Pão-de-Açúcar aquela cidade descoberta por Estácio de Sá e abençoada por São Sebastião.

Obrigado, Rio! Parabéns, Rio!