domingo, 19 de abril de 2009


Eu juro que não é implicância mas é sério que alguém ainda acredita na viabilidade do "choque de ordem" implementado pela prefeitura de Eduardo Paes? Enquanto não ocorrer um "choque de ordem" principalmente administrativo em todas as esferas de poder público, não há condições de se exigir algo da população.
Por exemplo: Saiu na página 21 do jornal O GLOBO de hoje, uma matéria de página inteira relatando os absurdos, mandos e desmandos dos flanelinhas legais e ilegais que se tornaram verdadeiros posseiros das vagas na cidade. A matéria é perfeita! Mostra com detalhes técnicos de reportagem e pesquisa a realidade das vagas no Rio de Janeiro. Mas pra ser bem sincero, qualquer um que viva na cidade sabia disso. Na verdade, qualquer um, mesmo não morador da cidade, mas que vá a um simples jogo de futebol no Maracanã, sabe disso! Domingo passado, cheguei às 14hs8min no Maracanã para assistir ao Fla-Flu pelas semi-finais do Campeonato Carioca. Como os estacionamentos do Maracanã e da UERJ (R$10,00 cada) já estavam lotados, procurei vaga margeando o Rio Maracanã. Então, um guardador com colete do Rio Rotativo me ofereceu uma vaga, fechando outro carro, deixando solto o freio de mão. Concordei e estava feliz, pois Rio Rotativo a vaga custa R$2,00. Ledo engano. R$ 5,00 foi o preço. Ao perguntar para o guardador porque o aumento de mais de 100%, ele riu e falou: "- Tem que deixar com os homens, né patrão?"
Observando o local abarrotado de guardas municipais e policiais militares, imaginei que o "patrão" seriam aqueles que segundo a Constituição deveriam colocar ordem na cidade. Além de denúncias de vendas e aluguel de coletes do Rio Rotativo são comuns. É só conversar 15minutos com qualquer flanelinha.
Este foi apenas um exemplo. Outros milhares acontecem em qualquer hora do dia, em qualquer lugar da cidade. Obviamente que locais com grandes movimentações de turistas e jovens procurando diversão são os prediletos para os ilegais donos do pedaço.
Repito: Enquanto não tivermos um choque de ordem administrativo, cobrando daqueles que deveriam dar exemplos a população, não podemos exigir da mesma sociedade um padrão exemplar de postura. Como cobrar estacionamento regular se não há vagas? Como cobrar estacionamento regular se carros oficias da prefeitura e do estado, como carros da PM e da Guarda Municipal são constantemente vistos em cima das calçadas? Inclusive carros da PM, que fazem a segurança da rua do governador Sérgio Cabral Filho, em cima da calçada?

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